18 de jan. de 2008

So long, Mr. Nice Guy


Gustavo Kuerten vai parar de jogar tênis profissionalmente aos 31 anos. O tenista catarinense, ex-número 1 do ranking da Associação de Tenistas Profissionais, vai deixar de jogar sem ter realizado o desejo de muitos, e dele próprio, de repetir as temporadas avassaladoras que o mantiveram 43 semanas como o melhor tenista do mundo, à frente de tenistas como Andre Agassi e Pete Sampras. A despeito dos velhos vícios e clichês que envolvem a análise do fim de carreira de um grande ídolo do esporte, é preciso reconhecer que Guga jamais precisaria erguer-se além da estatura de grande ídolo que possui. Sua grandeza, aliás, sempre foi essa: compreender exatamente a sua dimensão como esportista.

Agora, a carreira de Guga já tem data marcada para acabar, mas, abandonar o circuito não o torna menor. Guga pra mim é o símbolo do Brasil que dá certo. É um cara que demoliu o estereótipo do esperto-malando-brasileiro e esculpiu à base de muito saque, suor e backhand a imagem de um sujeito criativo e irreverente, mas também, perseverante e obstinado.

Um cara família, centrado e amante das boas coisas da vida. Nem bad boy, nem bom moço: só um cara legal.

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