17 de jan. de 2006

O paradoxo entre a vida e a morte dos índios.

Há pouco tempo, o Brasil se surpreendia com a notícia de que a população indígena crescera 150% em 10 anos.

"Em apenas uma década, a população indígena no Brasil passou de 294 mil para 734 mil, um aumento de 150%, com crescimento médio anual de 10,8%, bem acima da taxa anual de 1,6% no número de brasileiros como um todo, independente da raça ou da cor".

Já esta semana, uma estatística também surpreendente parece contradizer a realidade mediada pelas manchetes de jornal.

"Em três regiões – Sul, Centro-Oeste e Norte –, morrem mais crianças indígenas com menos de cinco anos do que índios adultos com mais de 65. 'É uma reversão da tendência natural. O comum, em todas as populações, é que a morte ocorra na terceira idade. É preciso tomar providências. Senão, dentro de algum tempo a existência da população indígena estará sob sério risco', constata Adauto Martins Soares Filho, outro pesquisador do Saúde Brasil 2005."

Exercício interpretativo à parte, há algo errado nestas notícias. Ou algum desses índices não é confiável, ou então, observe-se a imprensa em tempos de escassez de notícia e audiência.

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