Seus olhos me olham cada vez mais perto
E com o tempo com os meus se confundem
Fazendo oásis o que antes era só deserto.
Estamos vivos!
Sinto seu cheiro, o gosto da sua pele,
E todos os seus pensamentos lascivos
Mesmo que não me reveles.
As respirações confundidas
As palavras indecentes
Os gestos sem medidas.
E nesse jeito de te ter com loucura
Sem compostura; de maneira voraz
Cada vez que me pedes um beijo com doçura
Cravo meus dentes no teu corpo e te mordo ainda mais.
Doce é a dor da mordida
Sente prazer a alma, mesmo com a carne ferida
E somos tomados por uma febre
Que, apesar de às vezes breve,
É a melhor coisa da vida.
Me faz livre, me faz leve, me faz viva
Que esse desejo em mim não cessa
A vontade é grande; curta é a vida
E quando meu desejo "termina", vem o teu e começa.
Vem o gozo, e depressa me recomponho
Vem o tesão querendo recomeçar
E, perdoem-me se as palavras que disponho
Não conseguem a sensação de liberdade expressar.
Raquel Medeiros é Redatora e Estudante de Publicidade e Propaganda no IESP
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